Quarta-feira, 10 de Março de 2010

O.S.: Second Chance

Hi!

Bem depois de ter comentado todos os capitulos das fic's postadas ate agora e a minha vez de postar!

Mais uma One-shot!

Para ti Nexaa/Smartie! *w*

Espero que gostem

Bjs*

 

 

 

O.S.: Second Chance
A lâmina que me é tão familiar crava-se, uma vez mais, na minha pele. Aquele líquido quente, espesso e avermelhado surge–me no corte feito. Agora arde, mas tal dor é suportável, mais do que aquele que me invadiu o coração.
Uma lágrima escorrega-me pela cara mas não devido aos cortes profundos, agora marcados no meu pulso, mas sim, à minha fraqueza.
A minha visão tornou-se turva, deixei de sentir o soalho de madeira por baixo de mim, os meus olhos fecharam-se, deixei-me ir…
Abri-os segundos depois, e vi à minha frente o meu corpo inanimado, no chão. Estava pálida e as minhas roupas manchadas com o meu sangue. Estaria morta?
Ouvi baterem à porta do meu quarto, tentaram entrar mas esta estava trancada. Chamavam, agora, pelo meu nome batendo com mais força naquela inocente porta de madeira. Não obtinham resposta da minha parte, estavam desesperados.
Alguém corria em direcção à porta, ouviu-se um estrondo e, depois, ela já estava aberta. Arrombaram-na.
Percorreram com o olhar todo o quarto e, então, repararam no meu corpo estendido no chão. Ele correu na direcção dele deixando as lágrimas invadirem-lhe os olhos. Já o outro ser, que ficou à porta em choque com a imagem que tinha mesmo à sua frente, correu para fora daquelas quatro paredes indo chamar uma ambulância.
Eu apenas olhava para ele e para como agarrava o meu corpo com cuidado, como se de um bebé ele tratasse.
Tom pedia-me, constantemente, para que voltasse a viver e não o deixasse, dava pequenos beijos na mão branca como a cal, do meu corpo sem alma e chorava, chorava por mim deixando escapar em sussurro a palavra “Amo-te”.
A minha vontade era poder dizer que ali estava, que o ouvia, que ouvia os seus pedidos e via, via cada lágrima derramada. Mas não podia… Ele não me ouvia, eu não conseguia tocar-lhe. Não havia maneira de o avisar que também o queria, que também o amava…
Violentamente, ele foi afastado do meu corpo. Estava a ser levada para uma maca. Iria agora para o hospital onde os médicos iam tentar trazer-me de volta à vida.
Já naquele estabelecimento com o cheiro típico, os médicos tentavam reanimar-me, o meu corpo a saltava à medida que o choque era dado.
De repente uma faixa de luz apareceu puxando-me como se fôssemos duas faces opostas de um íman. Estava cada vez mais perto daquela luz que me ofuscava os olhos. Enquanto isso, os médicos continuavam a tentar que o meu coração voltasse a bater.
Apercebi-me, então, de que estava a caminho do fim, daquele que há tanto desejava. Mas lembrei-me de que não podia ir, de que não o podia deixar… Afinal, ele ama-me e eu, todo este tempo, achei o contrário. Achei, simplesmente, que me era impossível, algo com que apenas sonhava. Via-o com outras raparigas e afinal tratava-se de um engano, ele só não tivera coragem para me dizer uma palavra tão simples.
Não sei explicar, foi num segundo talvez, mas deixei de sentir-me a ser arrastada para aquele destino cintilante e fui sugada de volta ao meu corpo.
O meu coração voltou a bater, o meu sangue voltou a circular, o ar já fazia a sua rotina indo para os meus pulmões e, lentamente, os meus olhos abriram-se podendo voltar a observar tudo a minha volta. Foi-me dada outra oportunidade.
Todas aquelas imagens, como espírito, desapareceram da minha memória fazendo-me lembrar, apenas da dor física e psicológica que sentia enquanto fazia os cortes no meu pulso, do meu sangue a aparecer para depois manchar as minhas roupas e, finalmente, da escuridão que me acolheu.
Retomei a minha vida, apenas com uma diferença, ele estava ao meu lado, como sempre desejei, como sempre sonhei, já podia sentir os seus beijos nos meus lábios e ouvir vezes e vezes sem conta aquilo que tivera escondido…
Estou completa, finalmente, e aproveito como nunca esta minha segunda oportunidade.
 
The End

 

 

Music: Love is Dead - Kerli Köiv
sinto-me: normal

publicado por *Carolina* às 17:22
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